segunda-feira, 19 de março de 2012

Almanaque

Em primeiro lugar, perdão pelo sumiço! Estava tentando me disciplinar mais, ler mais, escrever mais, sair do lugar - e sair da cova (adoeci por umas duas semanas, mas já estou bem). Consegui escrever. Agora, estou na página 11, finalzinho do primeiro capítulo, esperando me encontrar com Thiago (o orientador) quarta-feira para ele dar uma olhada, fazer as devidas alterações e sugestões e, a partir daí, espero que a escrita siga mais frouxa - e rápida.

A data de entrega do TCC (o livro) foi marcada! Dia 6 de julho! Admito que meu coração tem dado pulinhos toda vez que eu lembro dessa data. Como se trata de um livro, terei que finalizá-lo, pelo menos, 20 dias antes, para que a gráfica possa imprimi-lo. Mas tudo bem... Vai dar tempo. Né?! Vi, em um dos livros que li nesse período, que o escritor Carlos Heitor Cony escreveu o romance "A verdade de cada dia" em apenas nove dias. E ele ganhou o "Prêmio Manuel Antonio de Almeida", outorgado por Drummond, por esse livro! Ou seja, ficou bom. É um incentivo e tanto, não é? (só a título de curiosidade, dei uma olhadinha no Google e descobri que o livro tem 138 páginas)

Esse livro, sem ser o do Cony, mas sim o livro no qual eu soube de Cony, chama-se "Jornalismo Literário", de Felipe Pena, atual professor da UFF. Em um dos meus passeios virtuais em busca de material bibliográfico pro trabalho, descobri alguns artigos de Pena sobre o assunto  - Jornalismo Literário, estilo do qual faz parte "O Rio de Janeiro de Chico Buarque" - e acabei sendo encaminhada para o seu próprio site (http://www.felipepena.com/). No site, descobri que ele tem um livro sobre o assunto e pude ler o primeiro capítulo. Gostei tanto que acabei comprando.

A seguir, um pequeno trecho do livro, com o qual acredito poder fazer vocês sentirem o gostinho com o qual "O Rio de Janeiro de Chico Buarque" será narrado:

"A idéia do Novo Jornalismo americano, ainda nas palavras de Wolfe, é evitar o aborrecido tom bege pálido dos relatórios que caracteriza a tal "imprensa objetiva". Os repórteres devem seguir o caminho inverso e serem mais subjetivos. Não precisam ter a personalidade apagada e assumir a encarnação de um chato de pensamento prosaico e escravo do manual de redação. O texto deve ter valor estético, valendo-se sempre de técnicas literárias. É possível abusar das interjeições, dos itálicos e da sucessão de pontuações. Uma exclamação, por exemplo, pode vir após uma interrogação para expressar uma pergunta incisiva. Por que não?"

É exatamente tudo que eu tenho procurado desde que encontrei no curso de Jornalismo, só não sabia que tinha um nome.

Parece que estamos no caminho certo...






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